CAMPINENSE, BAHIA E A METÁFORA DO FUTEBOL.


Poderia falar da ansiedade da torcida raposeira, antes do jogo contra Bahia. Do sonho na noite anterior, 3 belíssimos gols e fim de papo. Ou do coração batendo forte, as mãos transpirando e a vontade de sair correndo do trabalho para ver(pela televisão ou rádio) o espetáculo, a festa do time do coração.


Poderia falar do camisa 10 Cadu. Da cadência e leveza com que desfilava, durante o primeiro tempo, no estádio Amigão. Parece um jogador de outra época, de outros tempos. Ainda por cima goleador, fazendo, de esquerda, o primeiro tento da partida.

Poderia falar do camisa 7 Rossi. Após receber ótimo lançamento de três dedos, dominou no peito, a bola subiu, mas conseguiu emendar uma bicicleta, com rodinha e tudo. E ainda fez mais dois gols na partida!

Poderia falar da péssima estreia do lateral esquerdo jackinha e da lentidão da zaga rubro negra, que parecia um fusquinha sem motor ou uma tartaruga com artrite?

Poderia falar da humilhação do 7x1, da desigualdade do futebol brasileiro e mundial, que cada vez mais, não permite que os times de regiões pobres, possam sonhar com voos maiores.

É, poderia falar do que não sei: possíveis alterações ao longo da partida, erros na escalação ou um tatiquês que está na moda.

Mas como mendigo do bom futebol, digo com uma certeza que poucas vezes tive na vida: gostei de ver os primeiros 30 minutos do Campinense (será que vi outro jogo?). Alegrou ver um time ofensivo, sem medo de perder (o que é difícil no futebol de hoje), sem medo de um clube de série A.

No paraibano (que é o nosso objetivo principal), temos boas chances: o torcedor não se iludiu.

Como raposeiro, fiquei triste pela desclassificação, por ser goleado da maneira que foi. Mas no futebol, como na vida, nem sempre acontece como sonhamos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

INSOSSO E SEM TEMPERO, CAMPINENSE FAZ A PIOR PARTIDA EM 2022.

O CAMPINENSE TEM CHANCE DE SUBIR PARA SÉRIE C?