EM TEMPO DE GUERRA, HELICÓPTERO MILITAR SOBREVOA AMIGÃO.
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(Brasão da Polícia Militar com o ano de Fundação, 1832) |
Muitos dizem que a Copa do Brasil é democrática.
Sabemos que não é. O atual regulamento (formulado em 2017)
foi feito para favorecer o rico, a potência...ou melhor, a alta sociedade, como
disse Chico Alemão.
Mesmo assim e, apesar de nossa fragilidade defensiva, enfrentamos
o Tri Campão mundial não de igual para igual, mas com absoluta dignidade –
adjetivo que não pode ser desprezado num país de Presidente indigno.
Mauro Iguatu foi o destaque outra vez. Seus milagres chamam
atenção do Papa Francisco e, em breve, se tornará o primeiro Santo a vestir
preto e vermelho e falar raposeiro, com muito orgulho, de coração.
A torcida fez a festa. Cantou, pulou, xingou. Xingou o árbitro
como é praxe e também o Helicóptero dos policiais que, durante todo o primeiro
tempo, sobrevoou nossas cabeças.
No mesmo dia que a Rússia invadiu a Ucrânia, a polícia militar paraibana quis demonstrar seu poderio brincando de gastar Diesel com o nosso suor: em posse de um Helicóptero, foi e veio, pra lá e pra cá, da arquibancada Sombra pra Geral, apontando sua poderosa lanterna aos torcedores, buscando algum pretexto para iniciar sua Guerra particular.
Não basta a cavalaria, os cachorros raivosos sedentos por
sangue, os cassetetes e as armas letais; agora, a antiquada corporação, usa Helicóptero
como forma de intimidação.
Nós – torcedores ou não – naturalizamos o anormal. No máximo
e em distância segura, o que fazemos é soltar um palavrão ou levantar o dedo do
meio. Após isso, voltamos para casa com o rabinho entre as pernas.
A violência escorre em nosso futebol, em nossa sociedade, mas
é mais fácil criticar o conflito alheio, buscar um vilão mundial.
Que a gente não se acostume com a Guerra cotidiana, a Guerra Fria
de nossas vidas.
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