MAIORAIS? TALVEZ NÃO!

O tempo é como enchente, arrasta tudo.

Ou como disse o poeta: "É tudo temporário no tapete voador do calendário"

O calendário levou o tempo do clássico cheio de gente no Amigão, das gigantescas bandeiras balançando, dos papéis higiênicos voando, das provocações lado a lado.

O tempo - junto com as más gestões, a falta de participação popular na administração dos clubes e a desigualdade econômica - levou embora os craques (de tempos passados) e os bons jogadores do início do século XXI.

O tempo - matéria prima dos poetas, físicos e historiadores - escorreu lentamente em 90 minutos,  no jogo de ontem entre Campinense e treze.

O tempo atual faz questão de maltratar e torturar a bola, futebol burocrático, o resultado é mais importante. Já não há espaço para pernas tortas e alegres; que fazia sorrir até o mais sisudo torcedor.

O tempo colocou Joselito Lucena na História, pelas narrações antológicas e pela criação do Clássico dos Maiorais

Pela tradição ainda é, mas o tempo e os últimos confrontos apequenaram o duelo. Em respeito a Joselito, Clássico dos "Menorais" é o termo mais adequado hoje em dia.

Os três pontos foram obtidos, e a torcida Raposeira saiu feliz. Mas lá no fundo algo me diz que o nosso Clássico já não é mais o mesmo.

(Tempo em que as torcidas ficavam lado a lado...Foto: Maurílio Júnior/MAIS PB)





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