COMO É BOM JOGAR UM BRASILEIRÃO SÉRIE C.

 

Em onze anos muita coisa mudou: a inflação subiu, o desemprego aumentou, o ódio tomou de conta do País.

Nesse tempo, tivemos três presidentes, de três partidos completamente diferentes.

Já na Cidade pouco mudou: Após a saída do Oligarca Veneziano, a Oligarquia Cunha Lima voltou a mandar e desmandar.

Em onze anos o torcedor brasileiro viu o Brasil ser eliminado em duas Copas do Mundo, levar o vexame do 7x1, viu as estrelas luminosas desaparecerem.

Já o torcedor Raposeiro viu algo pior: gosto amargo e triste, uma eternidade, na verdade, a Série D foi o nosso inferno.

Inferno que não queremos voltar. Sai pra lá oferenda! Daqui pra cima, se os Deuses do Futebol assim permitirem. Não apenas os Deuses, que os Cartolas continuem fazendo bons trabalhos – e a torcida cobrando, exigindo, reivindicando.

Além de reivindicar por dias melhores, é preciso torcer. Com emoção, garra, alegria.

Sentir o jogo é necessário. Sentir o Campinense num jogo de Série C, melhor ainda.

Sentir Magno e Jeferson Lima no toque de bola refinado, fazendo o meio de campo jogar.

Sentir a Classe de Dione; A categoria do Canhotinha Luiz Fernando; a Velocidade do Pulga; a inteligência de Douglas Lima; a Liderança de Mauro; a Ousadia de Ranielle Ribeiro.

Sim, a ousadia do treinador Ranielle Ribeiro deve ser destacada. Não é todo dia que se tira um zagueiro e coloca um atacante em busca da vitória - mesmo empatando fora de casa. 

Sentir a Raposa jogar uma série C de brasileiro parece pouco, para um time com tanta História, tradição.

Mas após tanta tempestade, a bonança que vier deve ser comemorada.

Que os bons ventos da Bela Vista tomem conta da Cidade, do estado, do País. Para além, muito além, do Futebol.


(Mais uma vez o Goleiro Mauro Iguatu foi decisivo. De pênalti marcou o gol da vitória, na estreia do Campinense na Série C contra o Atlético - CE. Foto: Samy Oliveira.



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