NO FUTEBOL DA PARAÍBA É PERMITIDO PROIBIR.
A bateria que sacode a torcida é vista – não me pergunte por que - como nociva ao bem estar dos Cidadãos de Bem.
A bebida alcoólica é, segundo as autoridades incompetentes, fonte
de ações raivosas do homem comum, que tem no futebol a única refeição festiva,
nesse Brasil em Transe.
A torcida organizada é coisa de pobre, eca! Melhor banir de
uma vez por todas essa gentalha.
Já o Guarda Chuva, coitado! Não serve para nos proteger das
lágrimas de Deus, mas como arma perigosíssima na luta do mal contra o bem.
No futebol da Paraíba é assim: A proibição é uma ação
educativa. Com isso transformarão os estádios em túmulos; e os torcedores
em mortos-vivos.
A escravidão e a Ditadura Civil-Militar estão entranhados em
nossa história, em nossa alma, em nossas instituições – é mais fácil proibir
que educar.
É proibido proibir – um dos lemas do maio de 1968 – nunca ecoou
por aqui, fizeram ouvidos de Mercador.
Quando existia a "Ditadura" cancei de ir pro estádio e tomava minha cerveja, que era vendida em garrafa nas arquibancadas. Cancei de levar pacotes de rojões e distribuía com os outros torcedores. Cordão de isolamento de policiais? Ninguém sabia o que era isso. Voltava caminhando pra casa, tarde da noite com a camisa da minha raposa e nunca teve nada. Muita gente foi enganada e continua sendo enganada pelo seu professor de história.
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