MAURO, IGUAL A TU, NÃO HÁ.
Entre o céu nublado e um time fraquejando, quase morrendo.
Entre arquibancadas vazias e a falta de transporte público
para se chegar ao estádio.
Entre vaias, mortos e feridos...de uma campanha medíocre.
Entre um país de fome, violência e maus exemplos.
Entre caos, surge a fênix, é o que se diz. Do asfalto sujo e
quente, nascem as flores, como disse o poeta.
Dos poetas que vem o provérbio antigo: “é preciso comprar
arroz e flores. Arroz para viver, flores para ter pelo que viver”.
E o futebol é justamente isso: Pelo que viver!
O cansaço da existência, o peso da vida; tudo se esvai, basta
um mísero lance em 90 minutos: um driblezinho entre as pernas, um meticuloso
lançamento de Trivela, uma defesa sensacional, um gol no último minuto.
Um gol no último minuto é alegria dos desajustados - e quem
não estiver desajustado em tempos pandêmicos que dê um bico na primeira bola!
Bico que Mauro Iguatu não deu.
Com Mauro é no jeito, na humildade, na classe. Debaixo da
trave ou cobrando pênalti.
Principalmente doando o bicho do acesso para comunidades carentes;
doando o prêmio de melhor jogador da partida para um raposeiro ilustre que
superou a Covid – fez a filha repórter chorar.
Ídolo se faz com atitude, dentro e fora de campo. Coisa que
ele tem.
Na História do Campinense já está.
Mauro, verdade seja dita: Igual a tu, não há!
Que sensibilidade, Gutierre!
ResponderExcluirValeu Vinicius!
ResponderExcluir