MAURO, IGUAL A TU, NÃO HÁ.



Entre o céu nublado e um time fraquejando, quase morrendo.

Entre arquibancadas vazias e a falta de transporte público para se chegar ao estádio.

Entre vaias, mortos e feridos...de uma campanha medíocre.

Entre um país de fome, violência e maus exemplos.

Entre caos, surge a fênix, é o que se diz. Do asfalto sujo e quente, nascem as flores, como disse o poeta.

Dos poetas que vem o provérbio antigo: “é preciso comprar arroz e flores. Arroz para viver, flores para ter pelo que viver”.

E o futebol é justamente isso: Pelo que viver!

O cansaço da existência, o peso da vida; tudo se esvai, basta um mísero lance em 90 minutos: um driblezinho entre as pernas, um meticuloso lançamento de Trivela, uma defesa sensacional, um gol no último minuto.

Um gol no último minuto é alegria dos desajustados - e quem não estiver desajustado em tempos pandêmicos que dê um bico na primeira bola!

Bico que Mauro Iguatu não deu.

Com Mauro é no jeito, na humildade, na classe. Debaixo da trave ou cobrando pênalti.

Principalmente doando o bicho do acesso para comunidades carentes; doando o prêmio de melhor jogador da partida para um raposeiro ilustre que superou a Covid – fez a filha repórter chorar.

Ídolo se faz com atitude, dentro e fora de campo. Coisa que ele tem.

Na História do Campinense já está.

Mauro, verdade seja dita: Igual a tu, não há!


(Mauro foi decisivo contra o Sousa. Além das defesas, cobrou o pênalti que deu a primeira vitória do Clube na Copa do Nordeste 2022. Após a partida ele não resistiu e foi pra Galera. Fonte: Instagram do Campinense)



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