MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA, MAIS UMA VEZ, AGE CONTRA O FUTEBOL DE CAMPINA GRANDE.

(Procurador de Justiça Valberto Cosme de Lira. Foto: Click Paraíba.) 

 


Memória é algo danado. Basta um cheiro, uma visão, uma música, uma ação do Ministério Público... para puft! Vir uma boa lembrança de torcedor.

As melhores lembranças como torcedor raposeiro foi aquela época de ouro dos clássicos dos maiorais (2003 a 2008): estádio lotado, cervejas e laranjas voando, vitórias pra lá, derrotas pra cá; Amigão dividido entre Raposeiros e Trezeanos. Quem estava no colégio nessa época sabe bem do que estou falando: tirar onda na segunda-feira após a vitória em clássico era a coisa mais esperada.

Porém, o tempo do Clássico lotando o Amigão e das festas das torcidas organizadas estão nas cinzas da memória. Nos últimos anos parece um jogo qualquer, sem graça, ensosso.

Quem é o culpado por isso? Por transformar "O Maioral" em "Menoral"? 

Vários são os fatores, obviamente. Mas, um dos responsáveis, sem dúvida alguma, é o Ministério Público do Estado da Paraíba.

Não basta dividir o Amigão em dias de Clássico - o mandante fica com a arquibancada sombra e o visitante com a Geral – é necessário também impedir as torcidas organizadas de frequentarem o Estádio, sob a justificativa de “medida educativa e preventiva”, como fez o procurador de Justiça Valberto Cosme de Lira, na última quarta-feira, dia 02 de fevereiro.

Sem querer ensinar pai-nosso ao vigário:  fazer justiça, Vossa Excelência, não é punir toda a torcida organizada (responsável pela alegria e musicalidade dentro do estádio), mas identificar os baderneiros do último dia 30 de janeiro, no confronto Campinense x Bahia. Tá na hora de punir o CPF do torcedor! O todo não pode ser prejudicado pelas partes!

Se há vídeos em mãos da polícia militar que comprovem as ações da “Torcida Jovem do Galo” e da “Facção Jovem do Campinense”, como o procurador de Justiça afirma em sua “recomendação”, que esses sejam utilizados para que a justiça seja feita. Justiça de fato, não meia sola, migué, ação para satisfazer a mídia e parte da sociedade fascistóide de Campina Grande.

Tá na hora dos membros do judiciário descerem do pedestal, de sentir o cheiro e o fedor da arquibancada; comer espetinho de gato com Pitú; tomar o sol escaldante da Geral.

Talvez assim se tornem mais “gente como a gente”, mais sensíveis para tomar as medidas corretas, deixando de ser os coveiros do futebol.  

Jogo que segue. 

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